Hubble, da Nasa, e VLT, da ESO, confirmam descoberta na revista 'Nature'.
Conjunto de estrelas estaria a 13,1 bilhões de anos-luz do Sistema Solar.
A equipe do Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, registrou o objeto mais antigo já detectado por astrônomos. A galáxia UDFy-38135539 está a 13,1 bilhões de anos-luz de distância. A imagem foi divulgada nesta quarta-feira (20), na revista científica Nature.A luz da galáxia demorou 13,1 bilhões de anos para chegar ao Sistema Solar. A idade estimada do Universo é de aproximadamente 13,7 bilhões de anos. O que é observado no centro da foto é a luz da galáxia depois de apenas 600 milhões de anos após o Big Bang.

Imagem da região na qual, no centro, aparece a galáxia UDFy-38135539, tida como o objeto mais remoto já detectado por astrônomos. (Foto: AP Photo / NASA)
Após analisar as opções oferecidas pelo Hubble, a confirmação da condição de objeto mais remoto já observado veio após o trabalho de astrônomos usando o telescópio VLT (sigla para telescópio muito grande, em inglês) do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês).
Com o instrumento, os pesquisadores mediram o desvio para o vermelho da gálaxia, estimado em 8.6. Essa classificação significa que o objeto existia há 600 milhões de anos após o Big Bang.
O desvio para o vermelho diz respeito ao estudo da luz emitida pelo objeto no espaço. A decomposição da luz detectada, a análise do espectro, é a técnica mais precisa para saber a distância da galáxia do Sistema Solar. A luz é dividida em suas cores componentes e traços de higrogênio e outros elementos são procurados. Em inglês, o nome do desvio para o vermelho é redshift.
No caso da galáxia UDFy-38135539, os astrônomos do VLT observaram a região durante 16 horas para chegar às conclusões.

Imagem divulgada pela Nasa mostra localização exata da "ultra deep field", região que inclui a galáxia mais antiga já observada e confirmada por astrônomos. (Foto: NASA / ESA / G. Illingworth (UCO/Lick Observatory and University of California, Santa Cruz) / HUDF09 Team)
Ela durou entre 150 milhões e 800 milhões de anos após o Big Bang e recebe este nome por representar o período no qual a "cortina de fumaça" de hidrogênio foi dissipada pela radiação ultravioleta, originada das primeiras estrelas em formação.

A imagem acima é uma representação do que seria o Universo na "era da reionização". (Crédito: M. Alvarez / R. Kaehler / T. Abel)
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