Relatório preparado pela Comissão Europeia sobre protecionismo em vários países coloca o Brasil entre os que mais adotaram medidas
Redação Época, com Agência Estado
A União Europeia (UE) acusa o Brasil de ter criado em julho seu "Buy Brazilian", em uma referência às políticas discriminatórias para incentivar empresas nacionais. O termo cunhado pelos europeus é uma analogia às medidas estabelecidas pelo governo de Barack Obama para incentivar sua indústria diante da crise, que acabaram sendo chamadas de "Buy American".
No caso brasileira, a UE afirma que a medida adotada é mais profunda que a americana e as iniciativas não têm relação com a crise financeira internacional, mas com uma estratégia industrial. A informação faz parte de um relatório preparado pela Comissão Europeia sobre medidas protecionistas adotadas por vários países.
O relatório é usado como referência para empresas europeias e como "escudo" nas disputas contra países que acusam a Europa de protecionismo. No capítulo brasileiro, a UE chama a atenção para as medidas para frear importações e para o fato de que nenhuma medida adotada pelo Brasil na época da crise ter sido removida.
A UE também ataca o Brasil por estar usando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para subsidiar suas exportações.
Segundo o documento, desde 2008 mais de 330 medidas restritivas foram adotadas pelos maiores parceiros comerciais da UE, dificultando a entrada de produtos europeus nesses mercados. Apesar da recuperação mundial em 2010, apenas 10% dessas barreiras foram removidas.
Para a UE, o Brasil foi um dos que mais adotaram medidas, restringindo importações e criando subsídios para exportações. Foram 12, incluindo três barreiras às importações, duas restrições a empresas estrangeiras e cinco iniciativas de estímulo às exportações. Apenas oito países adotaram mais medidas que o Brasil.
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